PEREGRINI SANTIAGO
Tema 299
2014 - 3367
"Em sua Essência, o Universo não é ilusão, nem real. Simplesmente É".
— P∴d∴T∴
Subjacente a todas as coisas, a todos os seres na creação, existe o ZERO como Essência e o UM como existência UNA. A mente pessoal, porém, "caindo" em planos cada vez mais fragmentados e complexos, envolvendo-se cada vez mais com suas próprias ilusões, gera a sensação/convicção de "separatividades"/"limites" entre as coisas.
Teoricamente, não deveria haver nenhuma condição mantenedora da coesão existencial da Unicidade, pois os limites entre as "oitavas" dimensionais e seus objetos e eventos estariam separados entre si e até mesmo não poderiam se comunicar, pois entre eles não haveria nenhum "meio" de transmissão da informação/energia. Contudo, sabemos que não é assim porque, em UM nível, todas as coisas e seres, portanto, expressões de fragmentações, são UMa única condição cósmica. Em outras palavras, existe UM Poder mantendo tudo quanto há em coesão, cujos elementos manifestados se mantêm relacionados em interações recíprocas. Podemos, então, afirmar que temos, num primeiro momento, a falsa ruptura do ZERO, ou seja, a aparente transição do Infinito-Essêcia para finito-aparência [Universo Mental]; num segundo momento, a ruptura existencial do UM como suposto "múltiplo", conseguintemente, como "eclosões descontínuas" (energia-matéria/percepções), gerando a ilusão de Universo creado.
Diante da ilusória multiplicidade do Universo, o ser vivencia diversas experiências. Em face das coisas vistas, por exemplo, em Malkuth [plano físico], tem a percepção de "objetos discretos, quantificáveis, mensuráveis, localizáveis e durativos" ("árvores", "mesas", "pedras", etc.). Essas percepções trazem ao ser a sensação/convicção, a qual, porém, reveste crenças insuspeitas pela maioria, de que não apenas é "diferente" dos outros, mas também pode controla-los e senti-los, logo, como uma entidade distinta das demais. Isso ocorre pelo intenso envolvimento espiritual com a energia-matéria em níveis mais complexos de descontinuidade (como nos planos físico, astral e também em outras "árvores", de outras linhagens cognoscentes). Por isso o ser se depara com um tanto de "fragmentações", "rupturas". Contudo, isso não passa de um engodo mantido pela Mente, incapaz de enxergar e entender a totalidade Infinita do ZERO; incapaz de ver a Essência na aparência, embora eventualmente possa inefavelmente senti-la.
O ZERO É subjacente à creação como Sua Essência e o UM como coesão da existência. O ZERO É Infinito e É a Essência de tudo, inclusive do UM. Portanto, o Infinito Cósmico subjaz a tudo quanto há, motivo pelo qual não existe descontinuidade real, mas apenas aparentes. É a percepção do ser que gera e mantém a ilusão de separatividade, pois é incapaz de Ver a totalidade do ZERO.